domingo, 14 de setembro de 2008

Um dia ouvi uma canção. Tocava no rádio, o rádio a tocava. E esses dois, por vezes, me tocaram... nunca esqueci as frases:


me dê um beijo, meu amor...
só eu vejo o mundo com meus olhos
hoje eu tenho cem anos
e meu coração bate como um pandeiro num samba dobrado
vou pisando asfalto entre automóveis
mesmo o mais sozinho nunca fica só
sempre haverá um idiota ao redor
me dê um beijo, meu amor...
os sinais estão fechados
e trago no bolso uns trocado pro café.
E o futuro se anuncia num out-door luminoso,
luminoso o futuro se anuncia num out-door.
Há tantos reclames pelo céu,
quase tanto quanto nuvens.
Um homem grave vende risos.
A voz da noite se insinua.
E aquele filme não sai da minha cabeça.
Rumino versos de um velho bardo
parece fome o que eu sinto,
eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí.
Há alguns dias vendi minha alma a um velho apache
não é que eu ache que o mundo tenha salvação,
mas como diria o intrépido cowboy fitando o bandido indócil:
"A alma é o segredo do negócio"


Renato Veríssimo e Zeca Baleiro

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