quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Perdoa-nos Senhor quando por medo ou comodismo ficamos calados diante da violência, da impunidade... Da morte!"


Tem situações que deixam até o mais cheio de esperança descrente, o mais otimista baixar os olhos sem consolação e perder a vontade de acreditar que o próximo dia será melhor, faz de do cético acreditar que tudo aquilo que ele nunca acreditou realmente jamais existiu e jamais existirá...

Hoje vivenciamos um drama igual ou pior que a ditadura, estamos presos sem grade, somos omissos por opção e vamos acabar brutalmente massacrados pelos grilhões da violência e é triste assumir que parte dessa culpa está em mim, que me acho tão segura na minha prisão particular, que tomo decisões apolíticas, porque, esses assuntos de Brasil é saco... He! Realmente é um saco sim, mas é um saco até essa violência bater em sua porta e você ver seu vizinho, seu amigo, seu irmão ser arrancado do seio da família de forma abrupta sem ter a chance de se despedir dos seus, neste momento nos damos conta quão negligentes fomos, quantas vezes preferimos calar diante de atos terroristas, preferimos nos preocupar com terror na Europa e não lembramos de que um dos lugares onde o terrorismo age livremente e todos aceitam com naturalidade é aqui e está do seu lado e Deus queira que você e nem um de seus familiares sejam a próxima vítima e que volte para casa depois de um dia de trabalho cansado, estressado, mal- humorado, porém volte.
Infelizmente, minha família perdeu um jovem, é, um jovem! Mas um jovem que não era igual a mim ou você, um jovem que lutou para salvar outros jovens, (esses sim jovens iguais a mim e a você), porém esses que lutam que bradam suas idéias e melhoram o mundo por seus atos, que deixam qualquer lugar por onde passam melhor, essas pessoas incomodam, afetam o bolso dos grandes gestores da violência brasileira e são sumariamente exterminados.
Como calar diante da dor de uma família, que cedeu um ente querido ao mundo para disseminar a palavra de Deus, um mensageiro da Boa Nova, um jovem que batalhou na luta contra o narcotráfico (narcotráfico esse que tem feito muitas famílias deixar de serem famílias), que doou mais que seu tempo, mais que suas palavras e seu trabalho, um jovem que ensinou outras pessoas a amar e a perdoar, que ensinou outras tantas a acreditar que podem ser melhores e que por mais traiçoeira que seja a estrada ensinou que devemos acreditar e ter fé que venceremos um jovem que com 31 anos assim como Cristo perdeu a vida por ter salvado muitas vidas.
O motivo deste texto... Ao conversar com minha bisavó, (que, aliás, sempre acrescenta a essa que vos escreve bons motivos para continuar a ter fé e esperança), e ver seus olhos mareados e cheios de saudade e dor, porém repletos de compaixão, me alertou; Nós podemos sentir saudades, ficar irritados com a forma como somos tratados pelas milícias ou polícia e o descaso da justiça, mas não vamos deixar a voz do Pe. Gisley calar e vamos agora propagar seu legado e cuidar dos que ficaram.
Vamos erguer nossa voz, e não nos deixar reprimir, lutar contra a violência, para que outras famílias possam ter a graça de que no próximo encontro de família estejam todos presentes, pais, filhos, filhos dos filhos, netos dos filhos, filhos dos netos...

“CAMPANHA CONTRA O EXTERMÍNIO DE JOVENS”
“CAMPANHA CONTRA O EXTERMÍNIO DE VIDAS”

"Perdoa-nos Senhor, quando por medo ou comodismo ficamos calados diante da violência... Da morte!"


Bruna Clara

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Acaso

Muitas coisas saem do nosso controle diariamente. O imprevisto é parte fundamental na construção de um dia. São papéis em horas erradas. Telefonemas que se aceleram. Pessoas que passam. E os dias se moldam em parte pelo o que nos esforçamos para fazer dar certo e em parte pelo acaso. [ o acaso a se perder, e agora o amanhã... cadê?]
E o acaso nos toma muitas coisas das quais prezamos. Não somos donos da situação. E são nesses momentos que perdemos aquela oportunidade, aquela pessoa, aquele sentimento ou uma ou outra diversão.
E por perdemos tais coisas, às vezes, nos culpamos.
Culpamo-nos porque de repente achamos que éramos grandes, colossais a ponto de talvez evitar que acontecesse a perda. Dizemos que não era o tempo para termos o conforto de que tudo aconteceu como devia.
Mas não aconteceu.
E perdemos.
O acaso, as peripécias do tempo e do espaço... combinam os elementos necessários para unir e desunir coisas. Aceitamos as uniões com tanta facilidade, por que não as desuniões?
A culpa dessas não é de ninguém.
Mas é de sua total responsabilidade a carga de encarar as combinações que aparecem, as que perdemos e as que conseguimos manusear.
Portanto, não nos culpemos por coisas que simplesmente aconteceram e que em alguma hipótese poderiamos ter evitado. No mais, tome ações no presente. Faça a perda ou do ganho, dos desenganos e dos enganos motivo de continuar lutando. Lutemos. Cada dia mais fortes e unidos.

sábado, 27 de junho de 2009

Alone


É descomunal a sensação de ser pego de surpresa, até quinta- feira o mundo tinha uma cara e derrepente, como se sofresse ele também de disformia, olho o mundo e parece-me que ele foi maquiado... Até anteontem ninguém lembrava de saudar o Rei do Pop, talvez os fãs mais fervorosos estavam a contar nos dedos o dia para a grande volta... Mas a grande maioria só lembravam de Michael quando o assunto era pedofilia; só que nem mesmo o mais cético poderia prever a perda e calar-se diante da falta dele... Afinal o que teria de novo para mostrar aquele que foi um prodígio e alçou sobre o mercado fonográfico mundial um novo conceito de fazer, vender e ouvir música? O que nos foi omitido, qual seria a inovação trazida por ele?
Quem esperava pelo grande show, onde o (agora) grande mito estaria vestido em um terno de cristais nos mostraria por que curvar-nos diante dele, com certeza as pessoas que esgotaram com os ingressos em mais ou menos uma hora esperava mais que um show, esperava ver o velho Jackson nos presentear com mais uma brilhante obra e como sempre renovar, nossas melodias, nossas danças e quem sabe nossas vidas, porém, o que fica é mais uma vez a imagem da sociedade hipócrita, que não se cansa em afirmar que todo mundo é louco, até que padeça para transformar esse cara excêntrico (ao ponto de quem sabe forjar a própria morte) em lenda, no homem que teve problemas, mas apesar dos problemas foi o Rei!
Mas sem dúvida foi uma perda sem oportunidade, sem uma segunda chance... Pois sua morte seria bem mais digna se Deus nos desse uma última oportunidade de vê-lo se redimir diante seu público e o mundo, no palco, local onde com certeza ele era perfeito!
Em fim, talvez agora ele não esteja tão só... Pois todos estão pensando nele...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Tenso

A tensão ronda minha vida nas últimas 24 horas. To me sentindo um Jack Bauer. Aquele clima... conflitos...só falta tiroteio mas deixa isso pra la. Ainda não chegou nesse ponto ( e espero q não chegue...)
Conforme o tempo vai passando as cobranças vão aumentando sistematicamente. Estranho isso mas ao mesmo tempo é interessante.
é...bem...porque é interessante?
Então...
Quando você tem alguma coisa que te faz falta. Aquela coisa com a qual você não vive sem. E por algum motivo ou outro você fica privado dela. Já te ocorreu isso?
Segundo estudos matemáticos (feitos por mim), 1/4 de século se foi sem se tornar perceptível.
Os outros saíram de casa. Vontade própria...ou mero negócio. Mas não habitam mais.
Resta um.
Joguinho infantil que te faz queimar um fosfato considerável...isso quando não te arrebenta o "saco".
E por falar em saco, nesse jogo do resta um da vida familiar,me tornei o saco de pancadas. Tudo recai sobre minha pessoa.
O que antes era dividido por três, agora ficou elevado ao cubo.
Estou algébrico hoje, não...
Correndo contra o tempo...nada me ampara mais. Ao menos nada que eu sinta de perto, como a respiração ofegante de um beijo apaixonante.
Preciso refletir. Parar num canto da minha vida em que não há poças enlamaçadas nem ratos procriando.
Onde haja o calor e a brisa refrescante de uma tarde...
É...reconhecer certas coisas não é nada fácil. Ficar parado me faz pensar que a vida não passa disso. Um dorme-acorda incessante e rotineiro.
Seguirei meus passos.
"Eu preciso andar um caminho só vou buscar alguém que eu nem sei quem sou..."

Alguém?

Padu.
(no momento morrendo...)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aos amantes

Quando eu não era já só, havia uma pergunta que sempre me pairou na cabeça: " Como duas pessoas podem viver juntas estando separadas?" Mas não separadas por motivos maiores, mas em distância, em falta de palavras, em às vezes não ter saco para a outra, em gestos, em ausência passageira.

Ah, essa ausência passageira sempre me incomodou. Eu não sabia reconhecer que era passageira e me desesperava, descabelava, olhava para os lados buscando alívio imediato... a eterna busca do não sofrimento...Mas foi tudo em vão.As pessoas vivem juntas até na separação por essas pequenas coisas porque são encantadas. E o encanto não acaba noite para o dia, semana até a outra, de uma vida para outra... o encanto só acaba por meio das ações loucas e desesperadas, por meio da falta de olhos, olhar, pensar, olhar com os olhos da alma acima de tudo a situação.

Que nesse dia dos namorados, todos os amantes saibam disso. Que sejam menos imediatistas, menos egoístas, menos afobados: olhem para o seu amor, ele é o melhor que você pode encontrar,viu? É o melhor porque é seu.


Sejamos felizes.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Chuvas de Verão

Como passava da hora, Vinícius Lamartine Vieira retornou à casa onde morava o mais rápido que pôde. Sendo assim, não teve tempo de olhar ao lado: a casa de número 23. No muro, apoiava-se aos domingos para olhar a psicina do vizinho que, além de ser um bolo para os domingos quentes e rachantes de Goiânia, vinha com recheio e cerejinha: Larissa de biquine.

Vinícius morava na 24 há doze anos e há doze anos brincara com Larissa durante um dia inteiro, o único na vida dessas flores mortas sem brilho, o suficiente para fazê-lo em seus poucos 14 anos apaixonar pelos cabelos louros e a cor branca alvíssima, quadril farto e corpo bem definido.

Parecia um moleque ao trepar no muro para espiar. Larissa quase nunca via e quase sempre estava acompanhada de seu namorado Rogério. Rogério rugiria se soubesse que Vinícius cortejava ao longe e fantasiava mais longe ainda a vida com Larissa. Vinícius imaginava muito mais do que qualquer dia junto de Larissa: imaginava estar dentro, desabrochar-se dentro dela, abrindo os botões negros, fechando os pulmões de ligeiro pra que carbônico não entrasse, não podia penetrar ar da atmosfera desse mundo, cuidaria então de limpar o rosto e de fazer cocégas no pé de Larissa... tirando-lhe as cépalas, o estame, androceu, gineceu e todo e qualquer gameta ou folha modificada que poderia ter.

Mas isso era muito sonho para uma realidade tão curta. E de tão curta, destino pior não teve: fora descoberto por Rogério, o qual, naturalmente, rugiu que todo o mundo, o mundo inteirinho, ouviu seu rugido feroz... era como se o Japão tivesse sido fragmentado por conta do rugido de Rogério há bilhões de anos, tão forte era e qual hálito tinha.

Não vendo outra opção, senão a de encarar o jovem leão, Vinícius bradou com forte braço e docente peito disse:

" Vejo moinhos e não dragões!"

Mas a citação falha, de quem apenas soube que Dom Quixote era de fato louco e perdeu o seu amor para sempre por ser louco ou fingia, sucitou na ira do leão que destroçou Vinícius. Coitado, passou 24 dias no hospital e só voltou pra casa no dia 13 de maio de 2009.

Nem viu o número 23 ao voltar pra casa. E antes de adentrar o portão ainda pensou em pensar no número, mas o que vinha a sua mente era, de fato, a surra recebida mês antes. Ignorou. Vinícius entrou em casa. Subiu o muro. Viu a psicina e encontrou Larissa chorando. A dama, ao perceber a presença do teimoso, vestiu sua nudez e exclamou:

" Quantos anos, Vinícius? Tive eu que olhar na sua direção para que quisesse um dia se importar comigo!"

Atônito e atarantado, Vinícius questionou:

" Fora você? Você quem deixara Rogério me humilhar, quebrar-me os ossos, bater-me a cara?"
" Sim, e agora que sabes? Que faras?"

Poderia ter feito o que quisesse, mas não fez. Preferiu se apoderar de sua solidão.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sóbria


Parei, olhei a minha volta, olhei para o espelho
E descobri que havia chegado a hora... Aquela hora que eu evitei ao máximo!
Confrontar a pessoa na qual me tornei com um “eu” que já existiu.
Tudo parece estar bem. Tão bem... Que acaba enjoando!
Não quero enfrentar o silêncio... Ele sempre me assusta por dizer a verdade.
Não quero lembrar... Não quero preencher o silêncio...
Eu ouço a noite me chamar, pedindo para sair com ela... Brincar!
Estou indo... Caindo...
Minha história não irá retratar a vida de uma garota
Que nunca quer estar só, aquela para quem você liga as quatro da manhã
Por ter certeza que é a única a não estar em casa.
Eu não quero ser a que ri mais alto!
O que eu não quero?
Me sinto segura aqui... Nada pode me atingir
Sinto como se a festa tivesse chagado ao fim...
Mas não consigo me sentir bem.
Onde está o meu protetor?
O dia está raiando... O sol chega a me cegar
Virei mais uma noite de novo!
Não quero que minha história termine assim!
E se eu me entregar, serei a única culpada
Descendo, descendo, descendo...
Girando, girando, girando...
Até encontrar o meu "eu" que já existiu.
Você já me ouvi chorar, dizendo "nunca mais"Angustiada, tentando encontrar uma direção?

domingo, 3 de maio de 2009

Amor? Humor? Dor? Mal Humor? Bôlor? Fedor? Tudo isso ao mesmo tempo

O que poderia fazer o pequeno poeta?

O pequeno poeta Fernando saiu de suas terras longínquas, interior de Goiás, no pé da Serra da Dourada... saiu passo sim
passo não
e passou muito tempo dando passos.

Num dia 2 de novembro Fernando encontrou sua alma gêmea
Chamava-se Larissa.
E viu que era boa.
Passaram anos juntos e se separaram.

Hoje se Fernando pudesse ler esse post inútil nesse blog perguntaria:

"Pra que diabos serviu o amor?"

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Esperando...

"Senta aqui...espera que eu não terminei!"

Teve vontade de ligar pela madrugada.
Tinha algo que ele não assimilava.
Questionamentos diversos lhe vinham em mente... mas o pior de tudo é que ele tinha todas as respostas.
Olhava exaustivamente para o pequeno artefato de pelúcia em seu criado-mudo.
Um presente.
Era a única coisa que restava.
Tinha o telefone a mão.
Digitava o número que mesmo apagado da memória do celular eis que permanecia na tua.
Quis apertar o talk...
Acabou adormecendo.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mal falado

Há vazio na esquina!
Não se aproxime-se.

Sente-se sozinho?
Carpe diem!

Só não culpe a internet,
ou vá para um bordel.

são coisas da monotecnologia

e do diálogo mal falado.

domingo, 8 de março de 2009

Relaxando

perverter, depravar-se, moderar, enfraquecer... todas essas palavras são sinônimas, embora não seja lá isso muito visível.
Embora muita coisa não seja visível, acontecem coisas entre as quais passamos despercebidos e são visíveis (visível é o que pode ser visto) e como exemplo disso disse (que estranho) meu amigo Paulo Eduardo, idealizador desse blog, que eu deveria escrever no blog para relaxar. Não acreditei muito na idéia, acreditando que para exercer o ofício deveria então ter uma certa inspiração, e a busca pela tal é a verdadeira desinspiração (?) a quem a busca (experiência própria), e contudo, escrevo às 00:32 hora(s) isso (!) sem nenhuma inspiração. Uau!
No entanto, fazê-lo cumpre o sugerido pelo amigo acima e de forma extremamente casual.
Mas, voltando a discussão do visível e invisível, que comecei e interrompi, tenho observado o seguinte fato comigo e desejo compartilhar, já que inspiração não leva escritor, blogueiro ou autor algum a parte alguma, de fato.

Já notaram que somos tomados pela euforia do presente, envoltos numa neblima, onde só enxergamos o segundo sem suas consequências às vezes? (ou pelo menos, uma vez, se identifica-se). Se sabe do que falo, provavelmente sente a solidão das madrugadas... aquela sempre foda, que fode com o estado emocional de qualquer pessoa e compromete pensamentos e histórias no dia seguinte.
O que há conosco?
Dificuldade em se ver? Medo de se ver? Não há tempo de nos vermos?
Qual problema mais diagnosticaremos, problema e cura, e então até erradicação... qual?
Cansado de ler revistas, sempre os mesmos assuntos... O "O Popular" parece o mesmo sempre que leio suas páginas... os livros recentes, são ópio, e os clássicos, estão 'desatualizados' (linguísticamente ou socialmente) e Schopenhauer que bradou dizendo que ler demais era o primeiro passo para a burrice? Que faremos com tantas divergências?
haha
outdoors te dizem A, onde qualquer outra coisa contradiz, e você segue B, querendo A, fingir.
Tudo se contradiz.
Eu escrevendo isso me contradigo.
Porque no fundo nem sei o que quero dizer,
mas acredito que a mensagem no fundo desse raciocínio mal expresso diga:

Pense.

E deixe em branco qualquer rótulo de pensamento.

Pense.


Renato 08/03/2009 00:42

terça-feira, 3 de março de 2009

Soneto do solteiro










De tudo ao meu amor serei egocêntrico
Antes e com tal zelo que não dividirei com ninguém
e que mesmo se alguém provar seu amor
que ele seja sofrivel

Quero curtir cada momento da minha solidão consentida
e com louvor irei vivenciar o dispêndio de outrora
e beber meu whisky e derrubar meu copo
ao meu contento ou à sua desgraça

E assim...quando tentar me procurar
Quem sabe Pub... destino de quem bomba
ou quem sabe a chafúrda do infortúnio, esta pantera

Eu possa me dizer do amor (próprio, que vivo...)
que não seja imortal posto que é mara...
mas que seja infinito enquanto dure (a garrafa de vodca)

(baseado em Soneto de Fidelidade de Vinicius de Moraes)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Adeus... Elisa

Quando Elisa chegou fiquei completamente tomada por ela...
Tendo Elisa me arrebatado de tal forma... Que eu não consegui me desprender...

Quão bem me fez... E quanto bem poderia continuar a me fazer...

Elisa inventou um outro ser... Só para poder ter o meu carinho...

Esse ser me tomou de Elisa... Pois ninguém veste uma máscara para sempre!

Elisa me ameaçou. Tratou-me como aquela bonequinha de madeira que simbolizava nosso companheirismo e eu não pensei antes de revidar...

Se a frieza que impera em nossos corações não fosse maior que sentimento que nutrimos
um pelo outro...

Estou muito ferida... Mas vejo Elisa em carne viva...

Será que não podemos encontrar uma forma de...

Eu não volto atrás... Vou arrancar do meu peito o seu amor cheio de defeitos...

Se eu quisesse ter te ouvido... Se você tivesse tido calma...

Se eu fosse menos dura comigo e com você... Se você crescesse...

Eu ainda te amo... Mas eu não posso mais!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

História Clínica

Li num livro de Eduardo Galeano hoje que os sintomas doentios de nossas vidas significam ao todo o conjunto de sinais que nos faz vivos:
Uma mulher chegava ao médico e relatava a ele os sintomas que sentia ao se aproximar de seu ex ( marido, namorado, pessoa que ama). E nos relatos ela dizia em taquicardia sempre que ele a olhava, alteração em sua pressão arterial sempre que ele a roçava, tremores sempre que ele estava perto. Após declarar-se disse:
" Mas últimamente não tenho sentido mais isso. Esses sintomas passaram."
O analista, o doutor, olhando debaixo do óculos indagou surpreso:
" Então passaram todos?"
" Sim, doutor."
" Seu caso é grave."


Texto baseado num texto do livro de Eduardo Galeano "Bocas do Tempo"
Leiam o livro. É simplesmente vertiginoso.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Efeito Reverso


E se começássemos do final?
Velho...
Adulto...
Jovem...
Criança...
bebê... espectro...
Estranho pensar nesse sentido mas é justamente isso que propõe o filme "O curioso caso de Benjamin Button" estrelado por Brad Pitt.
Tido como uma lição de vida para muitos críticos e expectadores, pude enfim assisti-lo e tirar minhas próprias conclusões.
Frases de impacto que me colocaram contra a parede me fizeram refletir sobre diversos temas da vida humana. Citarei as que mais me marcaram com algum comentário:

“Somos predestinados a perder as pessoas que amamos."

Nesse trecho o protagonista se vê numa situação em que ele vive a perda da pessoa que o criou e que ele achava que sempre estaria ao teu lado. Essa é a dura realidade da vida a qual todos sabemos que iremos passar por isso mas a aceitação fica bem aquém do ideal. Sempre.

“Nossas vidas são definidas pelas oportunidades, mesmo aquelas que perdemos.”

Todos temos oportunidades na vida, o problema é o modo como cada um encara elas. PErdendo ou aproveitando elas sempre vão surgir. Basta ficarmos alertas.

“Espero que você leve uma vida da qual se orgulhe. Ou que tenha força para começar tudo de novo."

A de maior impacto para mim. Somos moldados para cair na rotina, mesmo sabendo que ela não nos faz bem ou não nos agrada e vamos consentindo com isso. Mesmas conversas...mesmas baladas...mesmas pessoas...mesmo tudo...Todos temos força para começar tudo de novo porém poucos tem audácia de fazê-la. Alguém ao menos tentaria ou tentou?

"Tudo é passageiro e do fim não se escapa."

Pensar que tudo é para sempre é o pior erro que cometemos. Sua mãe...seu notebook da APPLE...seu namorado enjoado...sua moto...seus amigos...seus inimigos...
Não...nada é para sempre...tudo tem um fim e mesmo que não estaremos nunca preparados para bater de frente com ele, o dito cujo estará la, no fim.

"Quem não pensa mais no futuro se perde a noção do presente."

Devemos sempre viver o hoje focado no amanhã. Costumamos dizer que o futuro a Deus pertence e a nós? Devemos ser menos egoísta com Ele e focarmos mais nas nossas relações e predestinações. Isso cabe a cada um.

“Sou velho e já passei por muitas dificuldades, mas a maioria delas nunca existiu”.

Tempestade em copo d'agua. Por que reclamamos que nosso tênis está velho com pouco menos de um ano de uso quando sabemos que há pessoas que andam descalço? Certas situações são meros frutos de nossas imaginações que criamos como auto-defesa ou nem isso. Devemos buscar o tom mais pacífico de toda ocorrência. Não estresse por pouco. Tenha fé e coragem no amor.

A vida é uma só.
Até mesmo eu que sou kardecista tenho convicção disso. Mesmo sabendo que podemos ter várias vidas, mas elas são independentes e únicas. Cada uma é cada uma.
Mexeu comigo e espero que essas palavras surtam algum efeito intenso e maravilhoso na vida de cada um que tiver disposição.
Busco a felicidade.
Alguém me acompanha?

"Ah vai me diz o que é o sossego que te mostro alguém afim de te acompanhar..." (Los Hermanos)

Padu.
(Assistam ao filme.rs)

Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=p8ucIL2tLLo











sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

enfim...2009!


Taças...champanhas...fogos...
O ciclo continua.
Esqueça o boyzim do orkut que você nunca viu na vida, rasgue teus bilhetes antigos do ensino médio, delete emails acumulados na sua caixa de entrada, quebre as regras.
Todas.
Sempre as mesmas promessas e sempre nos vemos preso nesse circulo vicioso que se chama vida.
Filosofia de virada de ano: 2009 vou mudar algumas coisas na minha vida...beber menos vodca e mais cerveja.
Cada uma que se escuta.
Pulou 7 ondas? Romã? Cueca branca?
Acredita fielmente nisso mesmo? E sua cabeça? Tá cheia de promessas?
O ano está começando.
Procure viver mais na realidade e deixe as fantasias pro carnaval.
Esse ano não será bom mas também não será ruim. Ele será da medida da sua capacidade de dominá-lo.
Está preparado?
Boa Sorte e Feliz 2009!

Padu Prado (revendo conceitos e revivendo momentos)