segunda-feira, 29 de junho de 2009

Acaso

Muitas coisas saem do nosso controle diariamente. O imprevisto é parte fundamental na construção de um dia. São papéis em horas erradas. Telefonemas que se aceleram. Pessoas que passam. E os dias se moldam em parte pelo o que nos esforçamos para fazer dar certo e em parte pelo acaso. [ o acaso a se perder, e agora o amanhã... cadê?]
E o acaso nos toma muitas coisas das quais prezamos. Não somos donos da situação. E são nesses momentos que perdemos aquela oportunidade, aquela pessoa, aquele sentimento ou uma ou outra diversão.
E por perdemos tais coisas, às vezes, nos culpamos.
Culpamo-nos porque de repente achamos que éramos grandes, colossais a ponto de talvez evitar que acontecesse a perda. Dizemos que não era o tempo para termos o conforto de que tudo aconteceu como devia.
Mas não aconteceu.
E perdemos.
O acaso, as peripécias do tempo e do espaço... combinam os elementos necessários para unir e desunir coisas. Aceitamos as uniões com tanta facilidade, por que não as desuniões?
A culpa dessas não é de ninguém.
Mas é de sua total responsabilidade a carga de encarar as combinações que aparecem, as que perdemos e as que conseguimos manusear.
Portanto, não nos culpemos por coisas que simplesmente aconteceram e que em alguma hipótese poderiamos ter evitado. No mais, tome ações no presente. Faça a perda ou do ganho, dos desenganos e dos enganos motivo de continuar lutando. Lutemos. Cada dia mais fortes e unidos.

sábado, 27 de junho de 2009

Alone


É descomunal a sensação de ser pego de surpresa, até quinta- feira o mundo tinha uma cara e derrepente, como se sofresse ele também de disformia, olho o mundo e parece-me que ele foi maquiado... Até anteontem ninguém lembrava de saudar o Rei do Pop, talvez os fãs mais fervorosos estavam a contar nos dedos o dia para a grande volta... Mas a grande maioria só lembravam de Michael quando o assunto era pedofilia; só que nem mesmo o mais cético poderia prever a perda e calar-se diante da falta dele... Afinal o que teria de novo para mostrar aquele que foi um prodígio e alçou sobre o mercado fonográfico mundial um novo conceito de fazer, vender e ouvir música? O que nos foi omitido, qual seria a inovação trazida por ele?
Quem esperava pelo grande show, onde o (agora) grande mito estaria vestido em um terno de cristais nos mostraria por que curvar-nos diante dele, com certeza as pessoas que esgotaram com os ingressos em mais ou menos uma hora esperava mais que um show, esperava ver o velho Jackson nos presentear com mais uma brilhante obra e como sempre renovar, nossas melodias, nossas danças e quem sabe nossas vidas, porém, o que fica é mais uma vez a imagem da sociedade hipócrita, que não se cansa em afirmar que todo mundo é louco, até que padeça para transformar esse cara excêntrico (ao ponto de quem sabe forjar a própria morte) em lenda, no homem que teve problemas, mas apesar dos problemas foi o Rei!
Mas sem dúvida foi uma perda sem oportunidade, sem uma segunda chance... Pois sua morte seria bem mais digna se Deus nos desse uma última oportunidade de vê-lo se redimir diante seu público e o mundo, no palco, local onde com certeza ele era perfeito!
Em fim, talvez agora ele não esteja tão só... Pois todos estão pensando nele...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Tenso

A tensão ronda minha vida nas últimas 24 horas. To me sentindo um Jack Bauer. Aquele clima... conflitos...só falta tiroteio mas deixa isso pra la. Ainda não chegou nesse ponto ( e espero q não chegue...)
Conforme o tempo vai passando as cobranças vão aumentando sistematicamente. Estranho isso mas ao mesmo tempo é interessante.
é...bem...porque é interessante?
Então...
Quando você tem alguma coisa que te faz falta. Aquela coisa com a qual você não vive sem. E por algum motivo ou outro você fica privado dela. Já te ocorreu isso?
Segundo estudos matemáticos (feitos por mim), 1/4 de século se foi sem se tornar perceptível.
Os outros saíram de casa. Vontade própria...ou mero negócio. Mas não habitam mais.
Resta um.
Joguinho infantil que te faz queimar um fosfato considerável...isso quando não te arrebenta o "saco".
E por falar em saco, nesse jogo do resta um da vida familiar,me tornei o saco de pancadas. Tudo recai sobre minha pessoa.
O que antes era dividido por três, agora ficou elevado ao cubo.
Estou algébrico hoje, não...
Correndo contra o tempo...nada me ampara mais. Ao menos nada que eu sinta de perto, como a respiração ofegante de um beijo apaixonante.
Preciso refletir. Parar num canto da minha vida em que não há poças enlamaçadas nem ratos procriando.
Onde haja o calor e a brisa refrescante de uma tarde...
É...reconhecer certas coisas não é nada fácil. Ficar parado me faz pensar que a vida não passa disso. Um dorme-acorda incessante e rotineiro.
Seguirei meus passos.
"Eu preciso andar um caminho só vou buscar alguém que eu nem sei quem sou..."

Alguém?

Padu.
(no momento morrendo...)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aos amantes

Quando eu não era já só, havia uma pergunta que sempre me pairou na cabeça: " Como duas pessoas podem viver juntas estando separadas?" Mas não separadas por motivos maiores, mas em distância, em falta de palavras, em às vezes não ter saco para a outra, em gestos, em ausência passageira.

Ah, essa ausência passageira sempre me incomodou. Eu não sabia reconhecer que era passageira e me desesperava, descabelava, olhava para os lados buscando alívio imediato... a eterna busca do não sofrimento...Mas foi tudo em vão.As pessoas vivem juntas até na separação por essas pequenas coisas porque são encantadas. E o encanto não acaba noite para o dia, semana até a outra, de uma vida para outra... o encanto só acaba por meio das ações loucas e desesperadas, por meio da falta de olhos, olhar, pensar, olhar com os olhos da alma acima de tudo a situação.

Que nesse dia dos namorados, todos os amantes saibam disso. Que sejam menos imediatistas, menos egoístas, menos afobados: olhem para o seu amor, ele é o melhor que você pode encontrar,viu? É o melhor porque é seu.


Sejamos felizes.